Discreta e formosíssima Maria, Enquanto estamos vendo a qualquer hora
Em tuas faces a rosada Aurora
Em teus olhos, a boca e o sol e o dia:
Enquanto com gentil descortesia
O ar que fresco Adonis te namora,
Te espalha a rica trança voadora
Quando vem passear-te pela fria:
Goza, goza da flor da mocidade
Que o tempo trota a toda ligeireza,
E imprime em toda a flor sua pisada.
Oh, não aguardes, que a madura idade
Te converta em flor, essa beleza
Em terra, em cinza, em pó, em sobra, em nada.
De Gregório de Matos Guerra
Um comentário:
Como AMO esse autor! Tão antiquado e tão presente!É aí que nós vemos que tudo se repete e os sentimentos continuam os mesmos.Quando lemos e as palavras nos tocam.
Abraços cheios de Paixâo aos meus leitores..........
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