Hoje percebi, como num estalar de dedos, que estava com saudade. Saudade do que? Talvez nem eu mesma saiba! Mas foi batendo aquela nostalgia... Saudade do tempo em que eu dividia com amigos as minhas alegrias; saudade do tempo em que "aprontava mesmo" na companhia desses amigos! Saudade do tempo em que eu dizia ao meu pai que estava na casa de amigas e me encontrava com a turma, às escondidas, na "Mansão do Fera" que era o lugar do momento. Saudade da reunião com a turma em frente a minha casa, onde podíamos conversar e muitas vezes, acompanhados por um violão, cantar também!
Que saudade tenho dos amigos do Grupo Jovem da paróquia que eu frequentava, onde estava sempre engajada em campanhas beneficentes mas aproveitávamos muito também! Recordo que certa vez houve um torneio interno, não sei bem com que finalidade, mas joguei futebol ( na verdade paguei um "gorila") e pasmem! O time no qual joguei venceu! Quem maarcou o gol da vitória? Adivinha!...
Tenho muita saudade do tempo em que eu pensava mais em mim, dos carinhos de mim para comigo mesma quando ao tomar um banho com meu sabonete preferido e acarinhar minha pele com um óleo de banho perfumado, penteava meus
cabelos de forma que emoldurasse meu rosto para muitas vezes, deitar ao lado daquele que prometera me amar!
Morro de saudades dos meus filhos quando criança, do tempo em que bricávamos juntos e rolávamos no tapete. Saudade de quando saíamos a galope pela fazenda do meu pai e nas noites estreladas escutarmos as histórias que os nativos do lugar nos contavam. Tenho saudades das brigas com meus irmãos, dos mimos que meu pai me fazia, da minha madrasta se queixando de tudo depois de um dia estressante no INSS de Paulista.
Saudade!... Saudade daquele abraço gostoso, dos afagos nos cabelos,até de um beijo na testa! Saudade! Saudade!
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