O ano nem bem começou e já estamos trabalhando para a conclusão de mais uma jornada escolar. É um tal de: pesquisar textos, explicar literatura, gramática e todos os mandamentos da redação; dividirmo-nos entre o ensino médio e fundamental, criar e repassar exercícios diferentes para cada aula, aulas em salas, aulas passeio, elaboração de provas. Enfim, como se não bastasse, ainda temos que registrar tudo em diário de classe todos os dias. São frequências (e também o somatório delas), notas de trabalhos e avaliações, calcular a média bimestral (de cada aluno) e, a cada final de bimestre, registrar objetivos, conteúdos, situações didáticas, métodos avaliativos.
Gosto de ser professora, pois gosto do que faço. Porém, devo confessar que às vezes sinto-me cansada, desenganada e desacredito de tudo e todos, principalmente do sistema educacional que nos forçam a aprovar pessoas inaptas e as inglórias recaem sobre nós (professores).
Hoje, ao sair da escola, estava triste, sem ânimo e com o coração apertado. Saí com vontade de não mais voltar a uma determinada turma (1ºB). Senti que os estudantes não estão se importando em aprender nada, estão pouco ligando para adquirir conhecimentos ou pra serem pessoas formadoras
de opinião. O que esses estudantes querem é passar de ano, não importando como ou se aprenderam alguma coisa. Para isso vale a velha "cola"! A maioria deles não tem nenhuma intenção de cursar um nível superior. Eles só pretendem terminar o ensino médio, quando muito, fazer um curso profissionalizante e arranjar um empreguinho qualquer.
Nós, que sabemos as dificuldades que a vida nos apresenta em nosso cotidiano, tememos pelo futuro dos jovens que formamos e torcemos para que eles abram seus olhos para um futuro mais promissor enquanto é tempo.
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